domingo, 5 de dezembro de 2010

Do meu baú de cinema - TABU

Há muitos anos, a RTP2 teve o melhor programa de artes que me foi dado ver na televisão portuguesa, o Cine Clube.
Desde que a minha televisão, naqueles anos idos da minha juventude, começou a captar o canal 2 em condições perfeitas, não perdia uma sessão do Cine Clube, aos domingos à noite.
Recordo especialmente, da série dedicada a Murnau, TABU, uma história dos mares do sul.
Nunca um filme mudo me pareceu tão ELOQUENTE como esta história de Romeu e Julieta. Foi como vi o filme, apesar da separação dos dois apaixonados não ter sido provocada pelo ódio entre famílias, como acontecia no romance de Shakespeare, mas pela exigência de costumes tribais.
TABU (Sagrado) foi o nome dado à jovem Reri, escolhida como substituta da virgem consagrada aos deuses de Bora-Bora, após o falecimento desta.
TABU (Intocável) era o nome da virgem que nenhum homem podia desejar, tocar.
TABU (Interdito) era também o local vedado à apanha de pérolas, devido à existência de tubarões.
TABU (Proibido) era sobretudo o amor dos dois jovens, Matahi e Reri, reprimido pelas convenções sociais e religiosas da lei tribal.
Reri partiu e Matahi morreu afogado, quando a procurava alcançar.
É um filme muito belo que vou procurar rever em breve.
Por hoje, fecho o meu baú.

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