ou o seu cinzento bravio,
atraem-me num arrepio de paixão.
Sinto a alma cheia de beleza, e leve, leve,
ao pé do mar, respirando sal,
e bebendo azul de algas encarnadas.
Amo uma árvore, uma folha velha,
um rio, uma montanha, um vale.
Amo a terra, o cheiro a seiva.
Nasci em Lisboa, "a linda cativa de
sete colinas", "a beleza que provoca o Tejo",
nas pedras que piso, nas ruas que passo.
Mas quero o campo agreste ou suave,
o cheiro da terra molhada pelas primeiras chuvas,
o odor do rosmaninho e alecrim.
Apetece-me comer terra ou enterrar nela os dedos.
Perdoa minha cidade.
5 de Janeiro de 1970
Gosto muito.
ResponderEliminarObrigada.
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